A escassez da oferta de habitação continua a ser um dos principais fatores a influenciar o aumento dos preços, num cenário de crescimento da procura.

Esta é uma das conclusões a retirar do último Portuguese Housing Market Survey (PHMS), inquérito mensal de confiança realizado pela Confidencial Imobiliário (Ci) e pelo RICS junto de mediadores e promotores imobiliários.

“Para os agentes inquiridos, a escassez da oferta é a principal restrição à sua atividade e também o principal fator que está a determinar a evolução dos preços. Esta situação deverá dominar as tendências nos próximos meses”, disse Ricardo Guimarães, diretor da Ci, em comunicado.

Segundo o responsável, os preços dos imóveis estão a subir em todo o país e não só nas principais cidades, ou seja, este pode ser um “ponto de viragem no mercado”. “Este contexto pode impulsionar o desenvolvimento e o financiamento de novas casas, reduzindo assim o desajustamento entre a oferta e a procura. Mas tal, vai demorar a acontecer”, explicou.

De acordo com o último PHMS, para os próximos 12 meses, os inquiridos preveem um aumento dos preços das casas em torno dos 4% a nível nacional. Hum horizonte a cinco anos, o aumento médio do preço da habitação será de 5% ao ano.

Em queda continua a oferta, sobretudo no Algarve, sendo que é em Lisboa que a procura está a aumentar. “Já em termos de vendas, todas as três regiões (Porto, Lisboa e Algarve) registaram aumento de transações e espera-se que esta tendência se mantenha nos próximos meses”, lê-se no comunicado da Ci.

Relativamente ao mercado de arrendamento, a procura também continua a crescer, embora tenha desacelerado em maio. Em sentido oposto encontra-se a oferta, que está em queda. Um desequilíbrio que, tal como no mercado de compra e venda, tem mantido as expetativas relativas ao crescimento das rendas em alta.  

 

Por: Idealista