A greve dos professores não afetou a realização dos exames nacionais hoje de manhã nas escolas secundárias do Algarve, disse à agência Lusa a coordenadora regional do Sindicato dos Professores da Zona Sul.

De acordo com Ana Simões, "os exames estão a decorrer com normalidade nas escolas do Algarve, não havendo conhecimento de quaisquer impedimentos devido à greve dos professores".

A dirigente sindical indicou que "essa normalidade decorre ao facto de estarem assegurados os serviços mínimos".

Ana Simões acrescentou que os efeitos da greve "podem, eventualmente, fazer-se sentir durante a tarde, com a não realização das reuniões de avaliação agendadas para esse período".

Os professores cumprem hoje um dia de greve, reivindicando a abertura de concursos de vinculação extraordinária para docentes contratados, um regime especial de aposentação, o descongelamento de carreiras e uma redefinição dos horários de trabalho.

Hoje é dia de exames nacionais, nomeadamente de provas de aferição de Matemática e Estudo do Meio do 2.º ano de escolaridade do ensino básico e exames nacionais do 11.º ano às disciplinas de Física e Química A, Geografia A e História da Cultura e das Artes.

Na Escola Secundária Poeta António Aleixo, uma das maiores de Portimão, os exames iniciaram-se pelas 09:30, realizando-se todas as provas agendadas, constatou a Lusa no local.

À entrada da escola, dois dos professores disseram à Lusa que "iam cumprir o seu trabalho, realizando os exames ao abrigo da requisição que estipula que os serviços mínimos sejam assegurados, o que se traduz na garantia da realização dos exames".

Alguns funcionários confirmaram também que a escola está a funcionar normalmente, "não tendo havido quaisquer anormalidades que afetasse os exames dos cerca de uma centena de alunos daquele estabelecimento escolar.

Os professores fazem hoje greve, em dia de exames nacionais do ensino secundário e provas de aferição do ensino básico.

O Ministério da Educação assegura estarem reunidas as condições para que os exames nacionais e as provas de aferição se realizem dentro da "necessária normalidade" com a fixação dos serviços mínimos.

A paralisação é convocada pelas principais estruturas sindicais de docentes, a Federação Nacional dos Professores (Fenprof), afeta à CGTP-In, e a Federação Nacional da Educação, afeta à UGT.

Os sindicatos decidiram avançar com a greve, após sucessivas reuniões inconclusivas com o Ministério da Educação, inclusive na véspera da paralisação.

Nos exames do ensino secundário de hoje estão inscritos mais de 76 mil alunos.

 

Por: Lusa