por Carlos Manso | manso.carlos@hotmail.com

Já estamos todos fartos de ler, ouvir e falar sobre a mobilidade, ou melhor a falta dela, na região Algarvia.

Também já escrevi e li em diversos fóruns, por diversas vezes, sobre a problemática da inexistência de uma política de mobilidade, que englobe todas as vertentes desde os transportes rodoviários individuais e coletivos, aos ferroviários, e pensando sempre na ligação e complementaridade entre a diversa oferta e procura existente.

Mas temos que assumir que a requalificação da EN 125, pelo Governo de então, quando foi apresentada, prometia resolver os pontos negros da já saturada e insuportável, apesar de necessária, “velha” EN125.

Se nada for feito até ao Verão, os troços que vão de Vila do Bispo a Lagos e os troços que ligam as 4 estradas de Quarteira a Boliqueime, prometem criar um verdadeiro caos e inferno na região, que juntando ao método de cobrança de portagens a estrangeiros na fronteira de Vila Real de Santo António, em nada vão beneficiar a imagem e potenciação do Setor do Turismo Algarvio. Também não faz mal, porque o sucesso deste setor tem vindo a ser consistente, apesar destas trapalhadas impostas e desenhadas por Lisboa e aceites pelos Algarvios.

Temo, tal como todos aqueles que já experimentaram estes troços requalificados, se vá tornar naquelas intervenções que teria sido melhor não terem sido realizadas.

Para não variar, vai ser outra das situações em que os responsáveis políticos da Região apenas irão aparecer para fazer a gestão de danos colaterais à sua imagem, já que nesta fase parece que ainda não identificam qualquer problema. No Verão já será tarde demais.

É imperativo que a Região no âmbito das competências da Comunidade Intermunicipal do Algarve (antiga AMAL) defina com os Autarcas e o Governo um plano de contingência que permita à Região ter um Verão tranquilo, com uma baixa sinistralidade e engarrafamentos, tendo em consideração as características da EN125 nos vários pontos geográficos e dos fluxos turísticos e comerciais previstos.

E nesta estratégia a Via do Infante (agora A22) assume um papel fundamental e central, por isso seria importante que os partidos com assento parlamentar se deixassem do famoso jogo ‘’a minha isenção de portagens é melhor que a tua!!!” e que falassem a uma só voz nesta matéria.

Pensem nisto.