Promovido pela Câmara Municipal de Monchique, em parceria com a Associação de Produtores de Aguardente de Medronho (APAGARBE), a Confraria do Medronho e com a colaboração de várias entidades, o 2º Festival do Medronho de Monchique vai decorrer nos dias 1 e 2 de abril, no Heliporto Municipal.

Este festival vem testemunhar a importância que o medronho tem na economia, no tecido social, na criação de oferta turística e acima de tudo na transmissão de tradições aliadas à perspectiva da modernização.

Pretende-se, com este festival, elevar o talento humano na produção do medronho que acompanha gerações e eternizar costumes e tradições.

Por outro lado, pretende-se chamar junto do medronho outros casos de sucesso, por isso farão parte desta edição empresas de outras áreas de atividade, que não a vinícola, mas cujas experiências possam ser interessantes para este mercado.

Em debate estarão temas como “O que é Português é bom! Da internacionalização do Medronho e de outros produtos tradicionais/regionais.” e “As boas ideias não têm idade, nem se gastam - Da modernização dos produtos tradicionais como o medronho”.

Serão conversas sobre as várias experiências e projetos de modernização e internacionalização de produtos tradicionais e regionais que vão contar com convidados tais como Marta Aragão (Formadora e Marketeer); José Conceição (Vice-Presidente da Associação dos Produtores de Figo da Índia); José Oliveira (Diretor Geral da Areal); António Magalhães (representante da NKA e do projeto “Algarve Store & Business Online”); Ana Marques Pereira (Autora de vários livros sobre o universo da cozinha e da culinária ao longo dos séculos. Médica e investigadora em história da alimentação da época moderna, a quem a estética dos objetos de mesa e os utensílios de cozinha têm apaixonado); Álvaro Viegas (Presidente da ACRAL); Conserveira de Lisboa (empresa familiar e verdadeira loja “tradicional” que mantem nos 27 países da UE o registo das suas três marcas – Tricana, a Prata do Mar e a Minor – com os respectivos Copyrights).

A edição anterior reuniu diversas entidades e especialistas conceituados com conhecimento científico e tecnológico, proporcionando momentos de discussão e reflexão em torno do medronho e nas suas múltiplas vertentes desde a produção, comercialização, consumo, distribuição e comunicação.

Esta edição reúne, portanto, casos práticos e empresas de sucesso com projetos de modernização de produtos tradicionais e estratégias de internacionalização e comercialização interessantes. 

O “medronho” irá então reunir boas ideias, boas práticas e bons exemplos que juntos vão fazer desta edição um evento a não perder.

Paralelamente à presença dos produtores de medronho do concelho, através da Exposição e venda de Aguardente e Melosa, o Festival agrega uma programação variada.

Para explorar o medronho enquanto bebida irá realizar-se a competição Flair Bartending  e durante o Festival haverá uma Exposição de todas as marcas de Aguardente de Medronho engarrafadas em Monchique desde os anos 40 até hoje. Todas estas garrafas guardam uma história. Uma história de família, de processo, de comercialização.

Para dinamizar o medronho enquanto fruto o visitante poderá assistir, no “Espaço Sabores”, a diversos momentos de showcooking dinamizados pela Associação de Cozinheiros e Pasteleiros do Algarve e apreciar mostras e degustações de doçaria, compotas e licores de medronho e momentos de apresentação de doçaria tradicional reinventada pelas pastelarias locais, tendo sempre o medronho presente nas propostas apresentadas.

Nesta vertente o festival convida a uma união de sabores, com a presença de chefes de cozinha internacional, tais como Valéria Olivari, chef Peruna, que irá criar pratos típicos do país de origem com medronho.

O festival projeta então o medronho “além fronteiras” como um fruto versátil, apetecível e dinâmico que irá resultar em criações interessantes e imperdíveis.

Para compor o programa haverá também:

- Encontro Artísticos – Teatro nas catedrais do medronho, pelo Lavrar o Mar. São roteiros teatrais para ir à descoberta dos rituais alquímicos da destilação do medronho, ouvindo histórias acompanhadas de deliciosos petiscos. Um carrossel de viagens, aromas e sabores para descobrir lugares agora habitados pelas histórias, contadas ao ritmo de uma pequena refeição;

- Espetáculos de Magia com alambiques com Carlos Rivotti;

- Fado com Adriana Marques, Custódio Castelo e o João Chora;

- Stand Up Comedy com Sandro Colaço;

- Atuação do Grupo de Cantares da Confraria do Medronho;

- VII Passeio TT Rota do Medronho;

- Concurso de Rótulos das Garrafas dos Produtores de Aguardente de Medronho de Monchique presentes no Festival;

- Desmonstrações do processo de destilação com alambique ao vivo;

- Exibição do documentário sobre a produção de Aguardente de Medronho – Casa do Medronho de Marmelete;

- Apresentação projeto “Terra”, um trabalho discográfico, de carácter solidário, que surge na sequência dos incêndios de Setembro de 2016, na Serra de Monchique.

Sob o lema “Um disco, uma árvore” este é o contributo da comunidade artística algarvia para esta causa ambiental.

Esta apresentação será precedida de um concerto com 2 bandas participantes no projeto: Helena Madeira (voz e harpa) e OrBlua (voz e percussão).

O Festival recebe, ainda, uma exposição de aguardentes do mundo. Pelo mundo fora temos toda uma panóplia de bebidas destiladas: Arak – Líbano; Grappa – Itália; Kirsch - Alemanha; Genebra - Holanda e Bélgica; Soju - Coreias do Sul e do Norte; Poire – França; Pisco - Peru e Chile; Cachaça – Brasil. A forma varia, mas a essência é a mesma. Destila-se. E é este trabalho, a arte da destilação, que se quer realçar também nesta 2ª edição.

Para que não haja mais olhos que barriga e para compor o paladar propõe-se petiscos para apreciar com o medronho. São regionais, feitos com produtos locais, portanto é a conjugação mais que perfeita para compor esta programação e para programar uma visita à 2ª edição do Festival do Medronho.

 

Por: CM Monchique