O Governo está a preparar um programa de combate à disparidade salarial entre homens e mulheres.

Trata-se de um plano que integra um conjunto mais vasto de medidas pela igualdade laboral que será levado em breve à concertação social e que inclui mais alterações nas medidas de apoio à parentalidade.

“Apesar de existir um princípio de que a trabalho igual corresponde salário igual, vemos como na prática é distorcido e a crise aumentou isso”, disse o ministro Adjunto Eduardo Cabrita, em entrevista à Rádio Renascença.

Segundo o governante, durante a estadia da Troika em Portugal, as disparidades salariais entre homens e mulheres aumentaram de 8% para 15%. Ou seja. em geral, uma mulher ganha menos 15% que um homem pelo mesmo trabalho. “Mas o que é ainda mais preocupante é que essas disparidades atingem 25% entre mulheres e homens com licenciatura ou nível educacional superior”, frisou, salientando que “a qualificação é acompanhada de um aumento da disparidade”.

O executivo prepara-se também para apresentar outras medidas na concertação social, nomeadamente no que diz respeito ao “reforço das medidas de parentalidade, combinados os direitos de pai e mãe no momento de nascimento e nos primeiros tempos de vida do bebé”.

Também o “combate à segregação profissional” será alvo de discussão, adiantou Eduardo Cabrita: “Já lá vai o tempo em Portugal em que se falava dos médicos e das enfermeiras. Felizmente, há muitas médicas e também há bastante mais enfermeiros, mas até nos concursos profissionais há um caminho a fazer nessa área. Este combate à ideia de que há profissionais associadas a um género também deve ser feito”.

 

Por: Idealista