Os deputados do Bloco de Esquerda (BE) arrancam hoje, em Coimbra, uma série de sessões públicas sobre o Orçamento do Estado para 2017 (OE2017), percorrendo o país até ao final do mês para explicar as prioridades elencadas no documento.
A ideia, disse fonte oficial do partido, é dar "continuidade" à conferência nacional realizada a 22 de outubro em Lisboa: "estas iniciativas contam com a participação e mobilização de todo o partido e são abertas a toda a população, que poderá colocar questões aos dirigentes do Bloco presentes".
Hoje, em Coimbra, estará a coordenadora do partido, Catarina Martins, e o deputado José Manuel Pureza, e até 20 de novembro os parlamentares bloquistas estarão presentes em várias sessões de norte a sul do país.
Na sexta-feira, por exemplo, o deputado Jorge Costa estará presente numa sessão em Évora e o líder parlamentar Pedro Filipe Soares é um dos oradores de uma reunião em Faro.
No dia seguinte, no sábado, Catarina Martins desloca-se a Santarém, estando a líder do Bloco no dia seguinte em Braga.
Mariana Mortágua e Pedro Soares são outros dois deputados do partido que integrarão as sessões públicas, cuja última data prevista é a de 20 de novembro, em Setúbal.
O mote para as sessões passa por assumir o Bloco como "a garantia do compromisso para parar o empobrecimento".
"O acordo assinado em 2015 previa medidas a executar nos Orçamentos do Estado para 2016 e 2017 e, para o Bloco, a prioridade é cumprir o acordo, desde logo nas medidas urgentes de recuperação de rendimentos do trabalho e das pensões", adianta fonte partidária.
E concretiza: "Assumindo os limites do acordo de maioria parlamentar para parar o empobrecimento, o Bloco de Esquerda reconhece também as conquistas feitas e a importância de prosseguir o caminho iniciado".
Entre hoje e amanhã, o Orçamento do Estado é discutido e aprovado na generalidade - com voto favorável já conhecido do BE - e depois desce à especialidade, dando-se a votação final global a 29 de novembro.
Este será o segundo Orçamento feito pelo Governo do PS viabilizado no parlamento pelo BE, Partido Comunista Português (PCP) e partido ecologista "Os Verdes".
Por Lusa
