É a última chamada para a 4.ª edição do 365 Algarve

É a última chamada para a 4.ª edição do 365 Algarve. No mês de novembro, o programa cultural que anima a região algarvia durante a época baixa ainda reserva algumas surpresas. O «resgate» de um solo de Vera Mantero nos Encontros do DeVIR, uma nova sessão de Jazz nas Adegas, o último concerto do 4.º Festival Internacional de Piano do Algarve, uma Sinfonia encomendada exclusivamente para o Festival de Artes Performativas do Barlavento e uma nova edição do Festival Out-(in)Verno são algumas das propostas para estes dias.

De 6 a 8 de novembro, em Aljezur, e a 14 e 15 de novembro, em Monchique, há mais um espetáculo com assinatura Lavrar o Mar. 5 Fábulas para não adormecer da Companhia Caótica é para todas as idades. Inspirado em cinco dos sete pecados mortais, critica com humor a obsessão pelo poder, pelo dinheiro e pela competição e transforma em virtudes os pecados da gula e da preguiça. Através do teatro de objetos e marionetas, devolve-se aos pequenos um talento inerente à sua idade: a incompreensão saudável dos vícios mais comuns no mundo dos adultos.

A 7 de novembro, em Faro, encerra-se a 6.ª edição do Festival Encontros do DeVIR com dose dupla: Talvez Ela Pudesse Dançar Primeiro e Pensar Depois é um marco no percurso coreográfico de Vera Mantero e faz parte da história da dança contemporânea portuguesa. Foi com este solo que a autora encontrou parte da sua identidade relativamente ao movimento, à forma de estar em cena, aos instrumentos e elementos que utiliza para criar e atuar. Apesar de ter estreado em 1991 e ter sido apresentado pela DeVIR em 1994, continua vivo e a justificar este «resgate».

Under the Flesh é um espetáculo atual, necessário e intenso, ancorado num contexto político muito específico. Tem como suporte um texto com um humor surpreendente, quase hilariante, que coloca o público no centro de uma situação de ameaça de morte. A música ao vivo, o contexto histórico e a dança tradicional libanesa acompanham um discurso coreográfico que narra as vivências de um povo em guerra desde 93 e levanta a questão do corpo em situações limite de guerras que alimentam movimentos migratórios políticos que têm como destino a Europa.

A última sessão do Jazz nas Adegas acontece a 13 e 14 de novembro, em Silves. Os Chibanga Groove alegram o encontro com ritmos fortes, muita improvisação e influências de vários estilos. Desta profusão, destaca-se uma base na tradição musical afro-americana, nos ritmos latinos e, predominante, na música africana, através da presença do guineense Ibrahim Galissa descendente de uma linhagem de mestres de Kora.

Também o Festival Internacional de Piano do Algarve encerra a sua 4.ª edição no TEMPO – Teatro Municipal de Portimão, a 15 de novembro, com um concerto de Artur Pizarro: um dos maiores pianistas portugueses da atualidade, com um curriculum invejável e um grande reportório para piano.

Em Lagoa, de 20 a 22 de novembro, o Festival Out-(in)Verno parte da premissa “a Arte comunica a Ciência pensando no Património” e propõe um mergulho imersivo na história do Algarve e na história do País. O programa inclui concertos, caminhadas, astronomia encenada, uma Astro Party, exposições e oficinas.

Por fim, também em Lagoa, a 22 de novembro, estreia-se a Sinfonia n.º 7 de Jorge Salgueiro, “Ritual de Evocação dos Elementos”, numa coprodução com o município, o Ventania — Festival de Artes Performativas do Barlavento e a associação cultural O Corvo e a Raposa. Para esta estreia, foi formado um projeto único de cidadania e democracia, a Ventania Orquestra, uma orquestra de formação sinfónica, com cordas, sopros e percussão, e com músicos selecionados através de open call.

A 4.ª edição do 365 Algarve decorre até novembro de 2020 e o ciclo de programação parte de uma ideia de território enquanto paisagem à escala humana, que se pode percorrer a pé. Um conceito desde logo associado à Europa, um continente onde as ligações são feitas à distância de uma caminhada, e que constitui o fio condutor desta edição: a profunda ligação humana ao território, quer física quer metaforicamente.  
 
São mais de 400 iniciativas culturais que o 365 Algarve promove por toda a região e que incluem mais de uma centena de concertos, cerca de 50 espetáculos de teatro e cerca de cem ações relacionadas com o património da região, entre outros eventos.

No Algarve, todos os dias e todos os passos contam.

 

Por: Turismo do Algarve