Ainda assim, as rendas dos quartos subiram 25% num ano, com um preço mediano de 420 euros por mês, revela estudo do idealista.

Numa altura em que as casas para arrendar continuam a ficar mais caras, muitos jovens, profissionais deslocados, estudantes ou até quem está a reorganizar a sua vida familiar, devido por exemplo a um divórcio ou desemprego, encontra nos quartos para arrendar uma solução habitacional, pelo menos, no curto prazo. E neste mercado de arrendamento em Portugal, há boas notícias: a oferta de quartos aumentou 53% no último ano. Mas, apesar de haver mais quartos para arrendar disponíveis no mercado, os preços de viver numa casa partilhada subiram 25% durante o mesmo período, custando em termos medianos 420 euros por mês, segundo um estudo publicado pelo idealista, o marketplace imobiliário do sul da Europa.

O aumento da oferta de quartos para arrendar é visível em quase todas as capitais de distrito do país à exceção de Évora (-66%), Funchal (-64%), Aveiro (-29%), Viana do Castelo (-13%) e Faro (-8%), onde há menos quartos disponíveis no mercado de arrendamento português no final de 2023 do que no mesmo período do ano anterior.

Por outro lado, o número de quartos para arrendar disparou em Vila Real (457%), Guarda (230%), Viseu (163%), Castelo Branco (134%), Bragança (122%), Lisboa (121%), Beja (120%), Coimbra (74%), Santarém (72%), Leiria (54%), Ponta Delgada (53%). Também no Porto (16%), Braga (6%) e Setúbal (1%) a oferta de quartos aumentou, embora de forma menos expressiva.

 

Arrendar quarto ficou mais caro em todas as capitais de distrito

Apesar do aumento da oferta de quartos para arrendar na maioria das cidades, os preços continuaram a sua trajetória de subida em todas as capitais de distrito. Viseu foi onde o custo de arrendar um quarto mais subiu: 35% num ano. Seguem-se Lisboa (32%), Funchal (29%), Bragança (25%), Santarém (25%), Leiria (25%), Setúbal (25%), Vila Real (23%), Guarda (20%), Beja (20%), Viana do Castelo (20%), Castelo Branco (18%) e Porto (18%).

As menores subidas das rendas dos quartos no último ano foram sentidas em Évora (7%), Coimbra (7%), Ponta Delgada (10%), Aveiro (11%), Braga (12%) e em Faro (15%).

Lisboa continua a ser a cidade com os quartos para arrendar mais caros: 550 euros por mês. Seguem-se o Porto (415 euros/mês), Braga (350 euros/mês), Setúbal (330 euros/mês), Faro (330 euros/mês), Funchal (325 euros/mês), Aveiro (312 euros/mês). Em Bragança, Santarém, Leiria, Vila Real, Viana do Castelo, Ponta Delgada, Coimbra e em Évora o preço mediano de um quarto no mercado de arrendamento fixou-se em 300 euros por mês no final do ano passado.

Por outro lado, os quartos mais baratos para arrendar encontram-se na Guarda (200 euros/mês), Castelo Branco (220 euros/mês), Beja (250 euros/mês) e em Viseu (290 euros/mês).

 

Pessoas interessadas por cada quarto para arrendar cai com subida de oferta

O aumento da oferta de quartos disponíveis para arrendar em Portugal gerou uma redução de 44% no número de interessados por quarto ao longo do último ano, conclui o mesmo estudo do idealista. Esta diminuição do interesse foi sentida em 14 das 19 capitais de distrito analisadas.

Foi em Lisboa onde o número de contactos por quarto mais desceu, 66% nos últimos doze meses. Seguem-se Beja (-57%), Viseu (-53%), Vila Real (-51%), Guarda (-50%), Leiria (-36%), Santarém (-35%), Coimbra (-32%), Porto (-26%), Bragança (-16%), Setúbal (-10%), Viana do Castelo (-10%), Ponta Delgada (-8%) e Funchal (-5%).  Já em Castelo Branco o número de interessados por quarto manteve-se estável.

Por outro lado, o número de interessados por quarto aumentou 403% em Évora, seguindo-se Aveiro (66%), Faro (38%) e Braga (11%).

 

Metodologia

Para a realização deste estudo foram consideradas apenas as cidades com uma base estável no idealista durante o período analisado e com uma amostra representativa de anúncios de quartos para arrendar.

O idealista tornou-se numa referência para todos aqueles que procuram partilhar casa, tanto pela facilidade de utilização como qualidade da informação. A opção disponibilizada pelo idealista de procurar um companheiro de casa para iniciar com ele o processo de pesquisa de um alojamento, tem um grande sucesso entre os utilizadores portugueses e estrangeiros que se deslocam ao nosso país e que pretendem encontram um quarto desde os seus locais de origem. Uma das grandes vantagens são as diferentes opções linguísticas disponíveis no idealista: além do português está acessível o inglês, alemão, francês, russo, espanhol, italiano, sueco, holandês, finlandês, polaco, romeno, dinamarquês, chinês e grego.

 

Por: Idealista News