Em causa está um estudo do instituto de investigação económica da Alemanha, que aponta para uma estagnação da construção na Europa..

Apesar de todos os projetos imobiliários em curso, a oferta de habitação nova em Portugal está a crescer a um ritmo (muito) lento. O país está a conseguir construir e acabar uma média inferior a 1,5 habitações novas por cada mil habitantes, sendo atualmente o mercado europeu com o «plafond» mais reduzido. A média dos 19 países analisados pelo estudo do Ifo - instituto de investigação económica da Alemanha está em quase quatro habitações. O aumento do preço dos terrenos é um dos entraves apontados ao desenvolvimento de mais construção nova.

Ainda assim, em termos gerais, e apesar de Portugal estar na cauda da tabela, as perspetivas também não são promissoras para o restante quadro europeu. O instituto alemão refere que, «entre 2020 e 2022, a construção na Europa crescerá apenas cerca de 1% ao ano». «Trata-se de uma desaceleração assinalável após o período 2016–2019, altura em que o aumento médio na produção de construção nos 19 países da rede Euroconstruct foi de quase 3% ao ano».

Ludwig Dorffmeister, que coordenou o estudo, diz que uma parte significativa desse crescimento foi atribuída à construção de novos apartamentos, mas nota, no entanto, que esse segmento irá estagnar em 2020 e até reduzir e 2021. Ainda assim, segundo Dorffmeister, as condições para a indústria da construção continuam a ser favoráveis: «as condições de financiamento são atraentes, os clientes do setor público estão em boa situação financeira e a procura por investimentos em habitação e infraestruturas é alta».

Por outra parte, é reforçado que «o clima económico permanece positivo, mas deteriorou-se um pouco nos últimos meses» e «o aumento acentuado no preço dos lotes para construção e a utilização da capacidade na indústria da construção que está no máximo estão a dificultar cada vez mais o desenvolvimento», segundo refere Dorffmeister.

Por: Idealista