António Dores | antonio.humberto.dores@gmail.com

Cai a folha no Outono

Na sua idade madura

Desprende-se do ramo distante

Caindo em direcção à terra dura

P'lo ar dançando em piruetas

Deixa no éter um desenho

Feito da imaginação dos poetas

Que a descrevem em castanho…

De laços é feita a Amizade

Que se ata e desata

Em ocasos do destino

Quando a saudade nos mata…

A queda é o momento anunciado

Quando a vida chega ao fim

Ao encontro do adeus

Que chama a folha por fim...

Agora chega o Outono

Cheio de recordação

Compram-se as castanhas na rua

Próprias desta estação

O cheiro a lenha queimada

Que sai pela chaminé

Desse fogareiro que arde

Consumido pela paixão

De ser chama, chama ardente

Que chama agora ardentemente

Chamando pela outonal

Contemplação...!