Presidente da Câmara saúda aprovação do documento em Assembleia Municipal, culminando 10 anos de esforços permanentes

Foi aprovado, por unanimidade, na semana passada, em Assembleia Municipal, o «Plano Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas» (PMAAC), documento que define a estratégia municipal para adaptação do território e as ações a concretizar no sentido de minimizar das alterações climáticas e adaptação aos seus efeitos.

O plano, aprovado anteriormente em reunião de câmara de 21 de abril de 2020, corresponde ao primeiro instrumento orientador para dar resposta coerente às problemáticas relacionadas com as alterações climáticas.

O documento define um conjunto de ações que refletem a preocupação da autarquia ao nível do desenvolvimento sustentável, de acordo com os seguintes setores: Agricultura, Floresta e Pescas; Biodiversidade; Energia e Indústria; Ordenamento do Território e Cidades; Recursos Hídricos; Saúde humana; Segurança de pessoas e bens e Turismo e Orla Costeira.

O plano estabelece, no seu programa de ação, intervenções prioritárias como a reconversão de monoculturas para mosaicos de vegetação preferencialmente autóctones; a disponibilização de veículos partilhados, a criação de ciclovias e áreas pedonais; a melhoria do conforto térmico urbano; a promoção da renaturalização urbana; a implementação de caudais ecológicos; a criação de um programa de mobilidade suave e de baixo carbono direcionado para a época balnear; a implementação de caudais ecológicos; o condicionamento ao uso e ocupação da orla costeira, entre muitas outras ações.

Refira-se que o PMAAC Faro foi coordenado e compatibilizado com o plano regional de adaptação às alterações climáticas desenvolvido pela AMAL.

No documento elaborado foram identificadas vulnerabilidades e definidos objetivos estratégicos para o concelho de Faro.

O Presidente da Câmara, que acompanhou de perto a evolução dos trabalhos, não podia estar mais satisfeito com este desfecho, uma vez que o mesmo representa «o culminar de 10 anos de esforços para adaptar o município às alterações climáticas» com o ponto de partida em 2011, quando Faro aderiu ao pacto dos Autarcas, um acordo que abrangia 7.700 signatários e estabelecia metas concretas para 2020.

Desde então foram sendo registados diversos avanços: «em 2014, aderimos à Plataforma CDP Cities que mede a sustentabilidade das cidades, reportando indicadores demográficos, económicos e ambientais» e mais tarde, em 2015, «aderimos ao Pacto dos Autarcas para o Clima & Energia, com novas e mais ambiciosas metas e o compromisso de elaborarmos um plano de adaptação às alterações climáticas», lembrava Rogério Bacalhau.

Na verdade, o plano que agora se aprovou viu pela primeira vez a luz do dia em 2016 e, recorda o edil, «desde 2018, começámos a articulá-lo com a CIM-AMAL, que vinha então desenvolvendo um processo similar».

Já em 2019 Faro subscreveu a carta dos Princípios da Mobilidade Partilhada, tendo sido a primeira cidade ibérica a fazê-lo.

Entretanto, foram lançadas plataformas de micromobilidade partilhada, que aos poucos vão entrando nos hábitos de transporte de centenas de farenses e de visitantes e que terão um desenvolvimento futuro importante quando a solução de bicicleta partilhada estiver também disponível.

Até lá, assegura o Presidente da Câmara, «iremos continuar a transformar as nossas infraestruturas em vias mais amigas da bicicleta e dos modos de transporte suaves, com a implementação de faixas cicláveis, ciclovias e zonas 30, de forma progressiva».

 

Por: CM Faro