O Ministério Público (MP) acusou dois antigos dirigentes de um centro social de Pera, em Silves, de vários crimes, por terem usado dinheiro da instituição em proveito próprio, anunciou hoje a Procuradoria de Faro.

A Procuradoria da República da Comarca de Faro avançou na sua página na Internet que um antigo presidente da direção e uma ex-diretora de serviços de um centro social de Pera, que não é especificado, estão acusados pela prática dos crimes de abuso de confiança qualificada, infidelidade, acesso ilegítimo, falsidade informática e furto.

De acordo com a acusação, citada pela Procuradoria, “entre janeiro de 2012 e junho de 2016, os arguidos retiraram do centro social, por várias formas, várias dezenas de milhares de euros que gastaram em proveito próprio”.

O MP adianta que, com o dinheiro da instituição, os arguidos “terão também adquirido para si próprios, bens de consumo, designadamente eletrodomésticos, no valor próximo de 10 mil euros”.

Ainda de acordo com a acusação, “para que a contabilidade do centro social não refletisse o desaparecimento de verbas que retirou, num valor global próximo de 21 mil euros, a arguida entrou com palavras passe e nomes de utilizadores seus conhecidos no sítio da internet da Autoridade Tributária e, sem conhecimento daqueles, emitiu em seu nome faturas-recibo fictícios”.

O inquérito foi dirigido pelo MP de Silves do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Faro, coadjuvado pela Polícia Judiciária.