O Moreirense ascendeu hoje ao sexto lugar da I Liga portuguesa de futebol, ultrapassando o Arouca, ao vencer no reduto do Portimonense por 2-0, em encontro da 31.ª jornada da prova.

O brasileiro Maracás, aos 76 minutos, e João Camacho, aos 90+4, materializaram o triunfo dos forasteiros, que vinham de dois desaires e quatro encontros sem ganhar.

Na classificação, o Moreirense passou a contar 46 pontos, contra 45 do Arouca, enquanto o Portimonense, que tinha pontuado nos últimos três jogos, manteve-se com 28, no 16.º lugar, de acesso ao play-off de manutenção.

Futebol: I Liga/ Portimonense - Moreirense (ficha)

 

O Moreirense venceu hoje o Portimonense por 2-0, em jogo da 31.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado em Portimão.

 

Jogo no Estádio Municipal de Portimão.

Portimonense – Moreirense, 0-2.

Ao intervalo: 0-0.

Marcadores:

0-1, Maracás, 76 minutos.

0-2, João Camacho, 90+4.

 

Equipas:

- Portimonense: Nakamura, Igor Formiga (Guga, 81), Pedrão, Alemão, Filipe Relvas (Hildeberto Pereira, 81), Lucas Ventura, Carlinhos, Taichi Fukui (Gonçalo Costa, 81), Luan Campos (Midana Cassamá, 81), Hélio Varela (Ronie Carrillo, 88) e Tamble Monteiro.

(Suplentes: Vinicius Silvestre, Hildeberto Pereira, Dener, Seck, Gonçalo Costa, Ronie Carillo, Paulo Estrela, Guga e Midana Cassamá).

Treinador: Paulo Sérgio.

- Moreirense: Caio Secco, Fabiano Souza, Marcelo, Maracás, Frimpong, Castro (Rúben Ismael, 70), Lawrence Ofori (Gonçalo Franco, 70), Luís Asué (Antonisse, 74), Alanzinho (Dinis Pinto, 90+5), João Camacho (Vinicius Mingotti, 90+5) e Matheus Aiás.

(Suplentes: Mika, Rúben Ismael, Pedro Aparício, Antonisse, Pedro Amador, Vinicius Mingotti, Gilberto Batista, Dinis Pinto e Gonçalo Franco).

Treinador: Rui Borges.

 

Árbitro: Cláudio Pereira (AF Aveiro).

Ação disciplinar: cartão amarelo para Paulo Estrela (51), Luan Campos (58), Gonçalo Costa (90+1), Fabiano Souza (90+1), João Camacho (90+1) e Rúben Ismael (90+3).

Assistência: 1.810 espetadores.

 

COMENTÁRIO: Moreirense mais eficaz volta às vitórias e 'castiga' Portimonense

O Moreirense voltou hoje às vitórias na I Liga de futebol, ao vencer 2-0 no reduto do Portimonense, num jogo da 31.ª jornada em que se mostrou mais eficaz e ‘castigou’ os ‘aflitos’ algarvios.

Os golos de Maracás, aos 76 minutos, e João Camacho, num ‘chapéu’ de belo efeito, aos 90+4, selaram a vitória dos eficazes ‘cónegos’, que à entrada para esta ronda somavam quatro jogos sem vencer, penalizando em demasia os anfitriões, que ouviram uma forte assobiadela após o apito final.

O Moreirense subiu ao sexto lugar, com 46 pontos, enquanto o Portimonense, que não ganha em casa desde 12 de janeiro (1-0 ao Farense), ocupa a 16.ª posição, de acesso ao play-off de manutenção, com 28.

No Portimonense, Paulo Sérgio operou duas alterações em relação à equipa que empatou (2-2) em Famalicão, lançando Igor Formiga e Luan Campos, enquanto Marcelo, Castro, Matheus Aiás e Luís Asué foram as quatro novidades do técnico Rui Borges nas escolhas iniciais do Moreirense, face à derrota (0-1) com o Gil Vicente.

As duas equipas entraram em campo com disposição ofensiva, dispensando a habitual fase de estudo para proporcionar uns primeiros 10 minutos emotivos, com o perigo a rondar ambas as balizas.

O lateral direito Fabiano foi o primeiro protagonista, aos três minutos, numa incursão ofensiva à esquerda concluída com um remate à barra, num lance em que Luís Asué, na recarga, atirou às malhas laterais.

O Portimonense respondeu com um ‘tiro’ de Carlinhos, para defesa apertada de Caio Secco, aos seis minutos, e os ‘cónegos’ voltaram a estar perto do golo numa tentativa de Castro travada pelo guardião Nakamura, um minuto depois.

Com o tempo a passar, a componente estratégica começou a levar a melhor sobre os instintos ofensivos, contribuindo para um jogo demasiado ‘mastigado’ a meio-campo, escasseando os momentos de perigo até ao intervalo.

Depois de dois golos anulados com ‘selo’ do videoárbitro, um para cada equipa e ambos por fora-de-jogo, o isolado Tamble Monteiro teve nos pés a melhor oportunidade da primeira parte para os algarvios, atirando ao lado na ‘cara’ de Caio Secco, aos 32 minutos, enquanto Marcelo atirou contra Lucas Ventura na sequência de um lance de bola parada, aos 34.

A segunda parte arrancou praticamente com mais um lance de perigo desperdiçado pelos algarvios – Hélio Varela rematou às malhas laterais –, dando o mote para um período de ascendente da formação da casa.

De fora da área, Igor Formiga, aos 54 minutos, e Carlinhos, aos 65, testaram os reflexos de Caio Secco, que defendeu os dois remates para canto, enquanto Alemão cabeceou para golo, aos 66, anulado após a terceira intervenção do género pelo VAR, que também chamou o árbitro para avaliar uma possível grande penalidade sobre Luan Campos (58), com Cláudio Pereira a manter a decisão inicial de simulação.

Com o Moreirense a ‘sacudir’ a superioridade algarvia, Matheus Aiás ameaçou, aos 67 minutos, o que Maracás acabou por conseguir, aos 76, assinando o seu terceiro golo na I Liga num cabeceamento, após canto e toque inicial ao primeiro poste do outro central, Marcelo.

O treinador do Portimonense ainda trocou quatro jogadores de uma vez para os últimos 10 minutos, mas as alterações não trouxeram frutos, perante um Moreirense que ‘matou’ o jogo no quarto minuto de descontos, por João Camacho, que aproveitou a saída incompleta de Nakamura e conseguiu fazer o ‘chapéu’.

 

Futebol: I Liga/ Portimonense – Moreirense (declarações)

Declarações após o jogo Portimonense-Moreirense (0-2), da 31.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado hoje, no Estádio Municipal de Portimão:

- Paulo Sérgio (treinador do Portimonense): “Um jogo difícil, contra uma belíssima equipa, que está ‘soltinha’, ‘levezinha’, muito boa tecnicamente e bem trabalhada.

Mas, tem de se fazer justiça à verdade do jogo: só não fomos melhores no capítulo da finalização, porque não fizemos golo. Aliás, fizemos dois: um anulado por dois centímetros, o outro ainda não se sabe qual foi a medida.

Há um penálti que o VAR chama, o Cláudio [Pereira] confirma que há toque, mas não é toque para penálti, e há uma ‘trombada’ do guarda-redes no Tamble fora da área de proteção, no primeiro tempo, que também não mereceu melhor juízo.

[Falhámos] duas vezes isolados, pelo Tamble e Hélio, temos dois remates perigosíssimos do Carlinhos com intervenções do guarda-redes, e o Moreirense tem uma bola na trave a abrir e jogo e ocasiões de golo teve zero. No entanto, sai daqui com três pontos e dois golos marcados. É eficácia, e a dureza que nós levamos daqui hoje é essa.

Não deixámos eles fazerem o que estão habituados a fazer. A equipa trabalhou muito nesse sentido e criou mais ocasiões, mas não conseguiu o resultado, que era aquilo que mais nos interessava”.

 

- Rui Borges (treinador do Moreirense): “Sabíamos que ia ser um jogo muito competitivo, de muitos duelos. Tínhamos de ser muito proativos, de explorar zonas de profundidade. Para os médios, foi um jogo difícil, não havia tanto espaço como às vezes eles gostam.

Fomos competentes enquanto equipa, coesos e organizados. Percebemos que eles são uma equipa que gosta muito de provocar rapidamente a profundidade e o duelo em zona ofensiva pelo avançado. Jogo muito bom dos nossos centrais, muito competitivos e fortes nos duelos.

De uma forma geral, acabou por ser uma vitória justa. Um jogo equilibrado, mas penso que melhores em todos os momentos. Não muito superiores, mas superiores em todos os momentos e é isso que nos leva a vencer o jogo, perante uma equipa competente e bem orientada, por um treinador que admiro pelo trabalho que tem feito aqui.

Feliz pelos jogadores, que queriam dar essa resposta interna. Há ADN de vitória e ambição desde início, e estarmos quatro jogos sem ganhar não é do nosso sangue. Eles deram essa resposta que queriam para eles, não para mais ninguém”.

 

 

Lusa