Os dados são de um inquérito realizado pelo Banco de Portugal (BdP) e Instituto Nacional de Estatística (INE).

setor imobiliário e da construção estava já quase totalmente operacional no final de maio. Em concreto, o mês passado fechou com 97% das empresas destas atividades a funcionar. Em termos globais, na generalidade da economia nacional, a percentagem de empresas em funcionamento na segunda quinzena de maio aumentou para 92%, face a 90% na quinzena anterior, segundo o inquérito realizado pelo Banco de Portugal (BdP) e Instituto Nacional de Estatística (INE). Trata-se de uma “melhoria ligeira da situação” que, de resto, reflete o “levantamento progressivo das medidas de contenção da pandemia”.

Os resultados do inquérito referem que, no setor ‘alojamento e restauração’, dos mais atingidos pela crise, a proporção de empresas em funcionamento aumentou de 45% para 58% na segunda quinzena de maio. Ainda assim, diz o estudo, este setor continuou com a percentagem mais elevada de empresas encerradas, temporária (38%) ou definitivamente (4%). Quanto a outros setores, ‘indústria e energia’ tem agora 96% das empresas em funcionamento, ‘comércio’ 95% em funcionamento, ‘transportes e armazenagem’ 94% em funcionamento, 'informação e comunicação' 93% em funcionamento e 'outros serviços' com 89% das empresas a funcionar.

Quanto ao volume negócios, comparando com a “situação que seria expectável sem pandemia”, 73% das empresas indicaram impacto negativo na segunda quinzena de maio (abaixo das 77% que o reportaram na quinzena anterior). O setor ‘alojamento e restauração’ continuou a registar a maior percentagem de empresas com reduções no volume de negócios (90%), ainda assim, menos sete pontos percentuais (p.p) face ao registado na quinzena anterior. . Em contraste, o setor da construção e atividades imobiliárias registou a menor percentagem de empresas com redução no volume de negócios (59%).

Volume de negócios melhora significativamente no setor da construção e atividades imobiliárias

Comparando os dois meses, a percentagem de empresas respondentes com redução no volume de negócios, face à situação expectável sem pandemia, decresceu de 80% em abril para 75% em maio. “Sectorialmente, a melhoria mais significativa ocorreu no setor da construção e atividades imobiliárias, onde esta percentagem se reduziu de 74% em abril para 61% em maio”, indica o INE.

Ao longo destes dois meses, observou-se também uma diminuição da percentagem de empresas que referiram um impacto negativo no pessoal ao serviço efetivamente a trabalhar face à situação expectável sem pandemia (48% em maio, -12 p.p. face a abril). Nos setores dos transportes e armazenagem e da construção e atividades imobiliárias, “esta evolução foi mais acentuada”, com 51% e 34% das empresas nesta situação em maio, respetivamente, -20 p.p. e -17 p.p. que em abril.

Entre os dois períodos, observou-se um aumento da percentagem de empresas que referiram beneficiar das medidas apresentadas pelo Governo devido à pandemia (excluindo o layoff simplificado). Em particular, destaca-se o aumento da percentagem de empresas que efetivamente beneficiou da medida de suspensão do pagamento de obrigações fiscais e contributivas e da medida de moratória ao pagamento de juros e capital de créditos já existentes, situando-se nos 20% e 17%, respetivamente (+8 p.p. e +7 p.p. face a abril).

 

Por: Idealista