A Galp acordou a venda de uma participação 75,01% na Galp Gás Natural Distribuição (GGND) à Allianz Capital Partners, por 368 milhões de euros, foi hoje comunicado ao mercado.

"A Galp acordou com a Allianz Capital Partners, em nome das companhias de seguro da Allianz e da Allianz European Infrastructure Fund, a venda de 75,01% da sua participação na Galp Gás Natural Distribuição, S.A. (GGND), atualmente de 77,5%", lê-se no comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

O preço acordado para a participação de 75,01% a alienar é de 368 milhões de euros, adianta a petrolífera liderada por Carlos Gomes da Silva, referindo que o valor implícito de 100% da GGND é de 1,2 mil milhões de euros.

A GGND detém nove empresas regionais de distribuição de gás em Portugal.

Esta transação está sujeita às aprovações regulatórias usuais e à obtenção de consentimentos de terceiros, sendo a sua conclusão esperada para o primeiro trimestre de 2021.

Este é o “primeiro investimento direto em infraestruturas” portuguesas da gestora de fundos de capital privado da seguradora alemã Allianz, segundo uma nota publicada na sua página da internet.

A Allianz Capital Partners está também presente no mercado de energias renováveis em Portugal, tendo-se tornado dona, em 2018, de duas centrais solares: Ourika, com 46 megawatts (MW) de potência instalada, no concelho de Ourique, Alentejo, e a Solara, com quase 220 MW, no concelho de Alcoutim, Algarve.

A GGND gere as empresas concessionárias e licenciadas responsáveis pela atividade de operação de redes de gás nas nove concessões regionais, com mais de 10.000 quilómetros de redes de distribuição em serviço, estando presente em 85 concelhos do país.

O capital da GGND era detido em 77,5% pela Galp Gas & Power, SGPS, e os restantes 22,50% pertencem à Meet Europe Natural Gas, Lda, uma sociedade detida pelas japonesas Marubeni Corporation (50%) e pela Toho Gas (50%).

A Allianz Capital Partners sublinha, em comunicado, que a rede da GGND abastece cerca de 1,1 milhão de lares em Portugal e é composta em quase 95% por tubos de polietileno de baixa pressão (“PE”), que podem ser utilizados para a distribuição de hidrogénio, gás natural sintético ou biometano.

“Em conjunto com a GGND e os nossos parceiros, esperamos apoiar esta infraestrutura crítica, que contribui para o plano de descarbonização da economia portuguesa e pode tornar-se um facilitador importante para a transição energética para gases renováveis, proporcionando aos nossos clientes de seguros e investidores rendimentos de longo-prazo ajustados ao risco”, refere, citado na mesma nota, o diretor de investimentos da Allianz Capital Partners, Christian Fingerle.

 

Por: Lusa