Na capital algarvia, a celebração da festividade, presidida pelo bispo do Algarve, voltou a contar com uma representação do Comando Territorial de Faro da Guarda Nacional Republicana (GNR), chefiada pelo comandante regional, coronel Marco Reinaldo Henriques, força de segurança que tem Nossa Senhora do Carmo como padroeira.
Na celebração deste ano, inserida no contexto da celebração do Jubileu “Peregrinos de Esperança” que a Igreja está a celebrar, o bispo do Algarve, que presidiu à celebração da Eucaristia que teve lugar ao final da tarde na igreja da Ordem Terceira carmelita, destacou Maria como “Mãe da Esperança”.
Aludindo ao “caminho em peregrinação que conduz à verdadeira esperança”, D. Manuel Quintas realçou que “deste caminho faz parte a Virgem Maria, tal como fez parte das primeiras comunidades cristãs”. “A sua presença foi muito importante para os primeiros cristãos, particularmente nos momentos de dificuldade, de perseguição”, lembrou.
O bispo diocesano referiu-se ainda de modo particular às festividades de Nossa Senhora do Carmo. “Esta festa oferece sempre o convite a cultivarmos o silêncio exterior e interior, uma espiritualidade com os valores a ela associados como a procura do essencial na nossa vida”, referiu, desafiando ainda os católicos a assumirem-se, “com a proteção da Virgem Maria, Mãe e Rainha do Carmelo, como testemunhas de uma esperança que não engana e como missionários da alegria do Evangelho”.
A Eucaristia contou com a concelebração dos padres Pedro Bravo, sacerdote da Ordem do Carmo (carmelitas), António Moitinho, assistente da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo, e Joaquim de Freitas, da Ordem dos Frades Menores (franciscanos).
A celebração contou também com a participação do prior da Ordem Terceira Carmelita de Faro, António Brás, e do presidente da Câmara de Faro, Rogério Bacalhau, e do presidente da União de Freguesias de Faro, Bruno Lage.
Depois da Missa decorreu então a procissão com paragem diante do quartel do Comando Territorial de Faro da GNR para saudação à sua padroeira.
A procissão com o Santo Lenho e a imagem da padroeira contou com a participação do Agrupamento 98 do Corpo Nacional de Escutas, de uma representação da Ordem Franciscana Secular e da banda da Banda da Associação Filarmónica de Faro.
O préstito com o andor e o pálio foram transportados por um pelotão de praças da GNR e por elementos do Moto Clube de Faro.
As festividades em Faro tiveram início no dia 07 de julho. Desde aquele dia até 15 de julho realizou-se naquela igreja à noite a novena preparatória da festa. No dia 13 foi ainda feita a imposição de escapulários, no dia 14 a admissão de noviços e no dia 15 a profissão de noviços. Na quarta-feira foi ainda celebrada Eucaristia de manhã.
As festividades serão encerradas amanhã, 19 de julho, com o concerto com poemas de Santa Teresa de Jesus em fado levado a cabo pelo cantor luso-hispanico Juan Santamaría.
Folha do Domingo