O Tribunal de Faro adiou hoje a audiência dos quatro homens que se evadiram das instalações do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) do Aeroporto de Faro, «devido a questões processuais entre o Tribunal e o Ministério Público», disse fonte do SEF.

De acordo com a fonte do SEF, o adiamento deveu-se a “uma questão processual entre o Tribunal e o Ministério Público”, desconhecendo ainda "a nova data para a audiência" dos quatro homens.

Os três marroquinos e um paquistanês iam ser ouvidos hoje no Tribunal Judicial de Faro por um juiz, para que fosse decretada, ou não, a sua expulsão do território nacional.

Os três marroquinos pertencem ao grupo de 22 migrantes com origem nesse país que, em 15 de junho, foi intercetado ao largo de Vale do Lobo, no concelho de Loulé, quando tentava chegar à costa portuguesa a bordo de uma pequena embarcação de pesca, sem qualquer documentação.

Após o grupo ter sido intercetado e identificado pelo SEF, foi presente a tribunal e viu ser-lhe decretado o ingresso no Centro de Instalação Temporária (CIT) até à sua expulsão de território nacional, com uns elementos a ficarem no aeroporto de Faro e outros a serem conduzidos para o Porto.

Segundo o SEF, o cidadão paquistanês já tinha indicação para se instalar no CIT e “expulsão do território nacional”, situação “adiada com a pandemia da covid-19 e o encerramento do espaço aéreo”.

Após a fuga em 7 de julho, foram capturados três marroquinos - dois pela Guarda Nacional Republicana (GNR) e um pelo SEF - nas primeiras 24 horas e no dia seguinte a Guardia Civil espanhola capturou um quarto elemento, paquistanês, na região da Andaluzia, “considerado dos mais perigosos do grupo evadido”.

Em 10 de julho, um outro fugitivo foi localizado numa zona balnear em Tavira por uma inspetora do SEF. Apenas um dos homens continua em parte incerta.

Questionados pela Lusa, os funcionários do Tribunal recusaram divulgar as razões que estiverem na base do adiamento, bem como uma nova data para a audição.

 

Por: Lusa